n
nClaronque desejo um feliz natal e um feliz ano novo para minha família, meus amigos,nminhas amigas e para população que vem sendo usurpada em seus direitos ensofrendo diante da postura dos poucos que controlam a política em nosso país ensó a usam para o enriquecimento próprio e de seus líderes econômicos. A perguntané: teremos um feliz natal e feliz ano novo?
n
n
n
nDigonsem medo de errar, e triste com essa afirmação, que este já o período natalino maisntriste dos últimos 14 anos. Faço essa afirmação por experiência empírica, minhane de outras pessoas próximas. Esse é o natal com o maior número de pessoasnmorando e/ou vivendo nas ruas; pedindo nos sinais, calçadas e entradas de supermercados;nrecorde em desempregados/as e devedores/as que, por esse motivo, estão sendonameaçados de perder suas casas e/ou impedidos/as de concluir seus cursosnsuperiores. Este é o natal onde a fome volta a bater mais forte na porta de amplanmaioria da população do nosso país.
n
n
n
nSeneu estou na lista acima? Não, nem quero voltar a fazer parte dela. Há 27 anosneu estava morando com minha mãe, minha irmã e meu irmão, em um quarto e salanemprestado (melhor que a realidade de muitos/as, não nego isso); apenas minhanmãe trabalhando; sem creche ou algo do tipo; naquela época um “caçador de marajás”nquerendo desmontar uma constituição cidadã que acabava de nascer. Há 16 anos euntinha acabado de terminar o curso de Serviço Social em uma universidade privadan(com apoio de familiares e “bolsa empréstimo”); minha filha estava perto dennascer eu saía de um contrato professor substituto, mais precarizado que os contratosnatuais, para vender sanduíche na madrugada; ainda era ajudante de pedreiro donmeu sogro na construção da casa, no loteamento Gilberto Freire, onde fui morar em meu primeiro casamento; aquinjá era um sociólogo que entregava todo patrimônio público e falava em enxugar onEstado (enxugar para o povo pobre, claro). Não, não quero voltar 27 ou 16 anos atrás, hoje vivo bem mais confortável, o que não significa ficar confortável ao saber da miserabilidade de muitos das ameaças futuras.
n
n
n
nNosnmeus poucos 41 anos já vi servidor/as público achando ser rico e tendo seusnsalários achatados; mais na frente os vi servidores/as respirando um pouco mais aliviado ennovamente vejo a ladeira descendo (agora eu sendo parte desse quadro).nInfelizmente nem todos/as colegas servidores/as olham para política macro, muitos/as restringem seunolhar em um Messias e pagam para ver.
n
n
n
nNãongostaria que se repetisse a velha crítica do/a Servidor/a contra o/anTrabalhador/a de CLT, exigindo a flexibilização, o fim da Justiça do Trabalho endo Ministério do Trabalho, achando sempre que o problema é o outro. Também não gostariande acompanhar o contrário, o/a Trabalhador/a de CLT querendo acabar com os supostosnprivilégios dos/as servidores/as. Ambos sendo usados/as pelos governantes, quendividem os/as trabalhadores/as e retiram direitos de ambos, sem nenhum pingo denpreocupação com os/as desempregados/as, assim como muitos/as celetistas e servidores/as não tiveram.
n
n
n
nNãonvivemos momentos bons para os/as trabalhadores/as, mas além de acreditar nanforça da luta dos/as trabalhadores/as, em especial daqueles e daquelas que nãonse deixam dividir por migalhas ou favorecimentos unilaterais, também acreditonnas energias, por meio delas canalizo meus pensamentos e ações para quentenhamos muita força para conquistar um feliz natal e um feliz ano novo!
n