Chico César, uma Pedrada Após a Outra em “O Amor é Um Ato Revolucionário”.

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n“eunquero que o sistema se foda” (Chico César)

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nHojenquero compartilhar um ato revolucionário, quero compartilhar o amor, queroncompartilhar “O Amor é Um Ato Revolucionário”, novo álbum do Chico, do nossonChico, o Chico César. Estamos diante da incrível música paraibana que, como diznTotonho, “é música universal”. Aqui falo de um novo som, novo que já é umnclássico da Música Popular Brasileira. Verdade, não sou conhecedor de música, énexatamente por esse motivo que faço tal afirmação, quem afirmou ser um clássiconfoi meu coração, que não analisou técnica, que sentiu cada pedrada, que dançou,nque sorriu, que chorou.

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nNãonlembro de tal sentimento com um música, muito menos com uma música que eu nuncantinha escutado, que não remete a nenhuma fato específico, mas “Minha Morena”nbateu com uma força, com uma energia, que foi junto com o coração e as lágrimasnque corriam pelo rosto até encontrar meu canto de boca sorrindo.

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nComno corpo ainda sensível, a barba molhada e os olhos vermelhos, mas firme como osnfios do cânhamo fumado em “Luzia Negra”, o corpo foi lavado a dançar, a sentirno baque e o amor incondicional sem fim que segue com “As Negras” das origens den“onde se banham as almas” e “De Peito Aberto” falando sobre liberdade e gênero.

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nChiconconecta as origens da “Mama África” com o “Like” e o “History” de umanatualidade marcada pelas redes sociais, tudo isso em um gingado que a vontade quenvem é de dançar agarradinho – com um “tremelique de tanto gostar”.

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nLogondepois ouvir o “O Homem Sob O Cobertor Puído”, na mesma perfeita sonoridade, cantandona hipocrisia da atual conjuntura (sem virar panfleto), vem “Mulhero” quenfortalece a vontade coletiva de Nero em “colocar fogo no fórum”. Daqui paranfrente não tem tempo para respirar, “Eu Quero Quebrar” convida para sair do comanpara o cometa e “tirar a ira do papel”, convite aceito!

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nQuandonvocê acha que deu, aí vem um reggae “Pedrada” sobre a “república dos parentes”n- resultado do “ovo da serpente fruto do cinismo” –  e a palavra de ordem de “fogo nos fascistas”. Nãonseguiremos sendo “carne humana para moer”. Mas não para, segure o fôlego, aindantem “Cruviana” levando “os telhados de vidro” até chegar a faixa bônus “EunQuero Quebrar”, que fecha quebrando a porra toda, botando o bloco na rua enmetendo o louco geral. Quem vamos?

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