09 de dezembro de 2020, após o Homem da Meia Noite confirmar que não teríamos Carnaval em 2021, publiquei texto afirmando que não teríamos um ano novo, apenas mera continuidade de 2020, pois o ano só começa após o Carnaval. Agora, apensar do Homem também ter afirmado que não sairá no Carnaval de 2022, eu tendo a acreditar que o povo não aceitará olhar os ricos, e parte da casse média, parcelar suas entradas em camarotes e festas fechadas enquanto a rua fica proibida para trabalhadoras/es e desempregadas/os viver o Carnaval.
2022 será um ano de muitas contradições, vacinação x Carnaval, conservadorismo x direitos e liberdade, público x privado, moral x saúde. Quem já tomou sua vacina e começou a frequentar suas festinhas? Sei que muitas/os de nós já, seja recebendo um número maior de pessoas em casa, indo para seu barzinho preferido ou para o show da banda ou cantor/a que você estava com saudades.
O Conservadorismo, aquele que negou vacina, disse para não usar máscara e mandou o povo sair de casa, agora diz não ao Carnaval sob o argumento da luta contra a pandemia, uma verdadeira cara de pau, hipócritas.
Pois bem, sou daquelas/es que querem vacina para todas/os, que querem segurança sanitária para o Carnaval, que entendem que sem vacinação suficiente – e com dúvidas sobre as novas variantes – o Carnaval não tem a segurança necessária para acontecer. Tenho dúvida ainda de como será o Carnaval de quem defende não ter Carnaval, se já compraram seus ingressos para os camarotes das elites ou se ficarão em casa.
Sim… também tenho certezas: uma delas é a de que seguiremos a luta por vacinação e pelo Fora Bolsonaro; outra é que não vou culpabilizar, e considero injusto quem faça, o povo que fizer seu Carnaval em contraponto aos carnavais “legalizados”, privatizados, como o Festverão, Olinda Beer e Marquês de Sapucaí. Tendo a acreditar que esse ano o “proibidão” será parte direta da luta de classes.
Outra certeza, querendo eu ou não, querendo você ou não, teremos o ano de 2022. Então, que ele seja de esperança, de transformação, de derrota do conservadorismo, de vitória do povo e que não seja de Segregação!
Carnaval, se não é do povo, que também não seja para quem possa pagar!