Em outros textos que escreverei vou tratar das diferentes formas de abordagem que sofri durante o processo eleitoral, das visitas que realizei, das diferentes formas que as pessoas viam nossa candidatura (ou mesmo a minha pessoa) e sobre o que é fazer uma campanha em um partido como o PSOL. Sim, foram muitos “causos” que vivi nos últimos meses, mas tratarei sobre eles em outra oportunidade, nos próximos parágrafos vou tentar fazer apenas uma breve reflexão (e esclarecimento) sobre umas das frases que mais tenho escutado após o último 05 de outubro: “não desista, você foi muito bem e vai chegar lá”.
O “lá” onde eu vou chegar é bem distinto; para alguns, eu já estou lá, no para além das urnas, na luta por direitos; para outros, a maioria dos/as que fazem questão de falar comigo, o lá é o processo eleitoral de 2016. O “não desista” vem sempre acompanhado de um “seja candidato”. Não são apenas populares que trazem essa palavra de incentivo, mas também jornalistas, militantes e amigos/as.
Sei que mesmo entre os que falam nesse sentido (“não desista”), existem os que não seguem conosco, mas reconhecem a importância que tivemos no processo eleitoral. Essa importância, especialmente nos debates entre os candidatos, permitiu que saíssemos desse processo maior que a quantidade de votos que alcançamos, afinal de contas, tivemos uma das eleições mais polarizadas da história da Paraíba, teve mais gente votando em oposição a outro candidato que em apoio ao candidato que votou; além desses que votaram contra o presente (Ricardo) ou contra o passado (Cássio), existem as quase 700mil pessoas que não foram votar ou votaram branco ou nulo, em uma clara grita contra o atual sistema político.
Voltando ao “lá”, são duas teses que chegam até meus ouvidos: uma que eu devo sair candidato a Vereador de João Pessoa, pois ajudaria muito para eleger o primeiro parlamentar do PSOL na Paraíba, principalmente com a chapa que estamos montando para 2016; outra que diz para eu ser candidato a Prefeito, pois fortalecerá a chapa proporcional e consolidará um nome para o futuro.
Uma afirmação eu faço, assumirei uma das duas tarefas que recebo de populares e apoiadores, serei candidato em 2016, mas ainda é cedo para decidir a que. Decisão essa que não tomarei só, assim como não limitarei o debate ao interior do PSOL, farei essa conversa de forma horizontal, com aqueles/as que buscam alternativas na luta por direitos e acreditam em uma outra forma de fazer política.
2016 bate em nossa porta, mas enquanto eles, os que fazem as velha política, já começam suas composições e gestões mais em nome dos conchavos eleitoreiros que pensando na população, afinal de contas é para isso que servem as pré-candidaturas deles (Veneziano- PMDB, Manoel Junior- PMDB, Cartaxo- PT, Estelizabel- PSB, Romero- PSDB); nosso campo não vai parar no tempo pensando em eleição, seguiremos onde sempre estivemos, na luta por direitos. Se tivermos que chegar “lá”, que seja com nossos princípios.