Roda Punk: a Legitimidade do Rock e a Legitimidade da Política.

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Fotos de Thercles Silva.

nOntem fui para o “Grito Rock”, umnfestival que começou sexta e vai até o sábado (03/03). Na ida para a PraçanAntenor Navarro, onde acontece o evento, eu ainda estava um pouco chateadon(triste e/ou decepcionado, não sei ao certo) com o “fogo amigo” que derramavancalunia na internet e não respondia aos questionamentos mais que legítimosnfeitos em um espaço restrito de dirigentes; felizmente o rock permitiu que eunganhasse minha noite e escrevesse as próximas linhas já bem tranquilo e certondos caminhos a percorrer.

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nUm dos primeiros shows quenassisti ontem foi da banda “Gata Preta”, os jovens cantavam clássicos do Rocknnacional, a exemplo de “Aluga-se”, de Raul Seixas, e músicas autorais, das quaisnuma em especial chamou minha atenção. No mesmo espaço que ocorria o show dan“Gata Preta” uma roda punk tentava se formar de maneira muito frágil, tanto quense desfez ainda nos primeiros giros; ao contrário da roda que girava de formanmassiva a quilômetros por hora em outro espaço cultural do Varadouro. Aqui eunmatei a charada… “Roda Punk: a Legitimidade do Rock e a Legitimidade danPolítica”.

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nNo Rock não tem meio termo: ounvocê tem legitimidade para tocar e aglutinar seu público, ou seguirá sempre tocandonpara seus vizinhos, mesmo que eles não gostem. Na roda punk é a mesma coisa,nnão existe metade de uma roda, ou ela aglutina ou se desfaz.

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nNa política a legitimidade nemnsempre é considerada, nem todos/as que fazem política (ou pensam que faz) temnlegitimidade para tal; até mesmo porque, diferente dos clássicos do Rock, osngiros políticos muitas vezes são “incompreensíveis”. Claro que o ser ou nãonlegítimo não fica atrelado ao que acreditamos, do contrário, bastaria discordarnpara dizer não ser legítimo o reconhecimento de fulano ou beltrano. Contundo,nexiste quem “não cole” e tenha seu reconhecimento bem limitado e/ou relacionadonseja: ao dinheiro, a determinado apoio político, por uma candidatura (mesmo quandonnão emplaca), ou simplesmente pela utilidade.

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nSou fundador do PSOL e já vinalgumas pessoas passarem pelo Partido querendo mudar o seu perfil (do partido),nfelizmente temos claro nosso estatuto e programa, assim como temos dirigentesnque percebem de imediato os casos de quem ingressa com objetivos meramentenindividuais ou desvirtuados dos nossos princípios. Em minha curta jornada já vingente saindo ao perceber que o PSOL tem prumo certo (de esquerda, socialista ennão sectário); da mesma forma vi gente sendo convidada a sair e sendo colocadanpara fora por não seguir os princípios partidários, o PSOL tem lado, o ladondos/as trabalhadores/as.

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nOs acordos políticos também sãonlegítimos, mas assim como as boas parcerias no mundo do Rock é preciso ternprincípios claros e saber até que ponto uma articulação é tática ounestratégica. Já fiz parte uma chapa de DCE com quase 10 correntes e partidosndiferentes em nome de uma disputa contra a direita clássica (PSDB, PMDB e PFL),nganhamos antes de abrir as urnas (1998); da mesma forma participei da eleiçãondo CRESS/PB com um grupo tão unitário que não tivemos necessidade de rebaixar onprograma em nome de uma possível articulação, neste caso ganhamos de um gruponque tinha entre seus componentes seis cargos comissionados do primeiro ensegundo escalão do Governo do Estado da Paraíba e da Prefeitura de João Pessoan(2011). Aqui limito ao exemplo de uma das primeiras eleições que participei e danmais recente, ninguém constrói legitimidade política com factóides e sem riscosnpessoais e coletivos.

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nQuem não sabe tocar Rock énfacilmente identificado, na política pode demorar um pouco, mas semnlegitimidade social o “cantor” é facilmente identificado.

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