O Espaço, O Mundo, O Balcão, O Forró, O Carnaval.

nHánalgum tempo eu não saía sozinho para observar a noite, não poderia ter sido emndia melhor, um forró no Espaço Mundo. O forró permite uma diversidade visualntremenda, observei bastante, ri muito e dancei pouco forró. Em nossa JoãonPessoa essa diversidade tem um algo mais, no Rock você encontra o cara donRegae, no Samba você encontra a garota do maracatu e assim segue. No forró de quinta-feirantinha de tudo, muito bacana.

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nChegueinexatamente na hora que começou “Os Fulanos”. Cumprimentei @s conhecid@s. Pedinuma Heineken e uma porção de pastel. Sentei no melhor lugar, em um banco alto nonbalcão. Passei a curtir o som e as pessoas, gente é muito massa, e quando não énaquela coisa igual, o mesmo cabelo, a mesma roupa, o mesmo “plástico”, aí énainda melhor.

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nNonEspaço tinham pessoas como eu, sozinhas no balcão sem chamar ninguém pra dançar;noutras sozinhas e chamando todo mundo para dançar, sem ligar para fora ouncrítica dos passos; tinha ainda os grupos, os profissionais, que vinham treinadosnda academia, e os largados, curtindo a noite que era construída ali, a cadanmomento.

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nTivensorte nesse meu retorno solitário para observar a noite, dois grupos libertáriosne um solitário dançarino foram se arrumando exatamente ao meu lado, no melhornlugar do Mundo, no balcão.

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nDifícilndescrever a figura coreografada que dançava com as melhores dançarinas danfesta, não se limitava ao seu grupo da academia; não era dos mais belos para osnpadrões globais, assim como eu não sou, mas chegava educadamente, declinava anmão como nos filmes que relatam os bailes da Monarquia, ajustava uma das mãosndela sobre a dele e a outra em sua cintura e começava uma dança que segurou meunolhar, até eu perceber que eram os mesmos passos e os mesmos gestos, do rodopio no chão ao olhar treinado e nada sensual.

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nOnsolitário ao meu lado esquerdo dançava MUITO, em minha simples opinião, ele ia danpirueta ao coladinho, caladinho curtia a noite coladinho.

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nOngrupo que também estava do lado esquerdo, uma dupla para ser mais preciso, eranbem diverso, a garota era chamada a todo momento para dançar e ia sem olharncor, altura ou roupa de quem a convidava; o seu amigo, que vestia preto (camisande rock) e usava uma trança bem bacana, caída até a cintura, ficava no melhornlugar do Espaço, no balcão, apenas observando, sem dançar nada; ao menos até ansua amiga o tirar para dançar, prefiro não descrever a dança, limito a afirmarnque eles se divertiram, e eu também.

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nAcheinque ia ficar como na adolescência, sem ninguém chamar para dançar, mas não foinbem assim, o grupo que estava ao meu lado direito, e que era muito divertido,njá observava o meu olhar e minhas risadas diante do animado salão, uma dasnbelas do grupo, de cabelo espaçoso, rosto fino e sorriso fácil, resolveu fazernum convite e arriscar uma dança, até que deu certo, não pisei no pé dela.

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nMaisnpara ficar ainda melhor, melhorou! Chegou uma figura, um quadrilheiro, que nãonparava um só segundo, daquelas figuras super empolgadas (do mesmo grupo do meu ladondireito) que de repente pegou no meu ponto fraco, dançou um forró puxado para onfrevo, daí para frente eu via o Carnaval.

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nAindanfui convidado para dançar mais uma vez, por outra figura de sorriso largo, comono espaço do seu corpo na dança e sua bela boca.

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nComonno Carnaval, o rapaz do rock tomou coragem e chamou sua amiga para dançar, ela,ncom um sorriso que eu lia na legenda um “gostou né?!”, aceitou, e tomaram contando salão. No mesmo clima resolvi fazer meu primeiro convite da noite, andançarina era do mesmo grupo do sorriso, com um vestido colorido e um cabelonque era ainda mais abrilhantado com uma bela flor que completava seu sorrisonlargo.

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nSemnsegundas, terceiras ou quartas intensões, observei a noite, tomei uma gelada,nri muito, dancei sem levar nenhum fora e não acordei tão quebrado para esse dianque só acaba agora.

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