Institucionalidade (o Estado) Mata Mais Um Adolescente na Paraíba

nHoje fui paranrua escrever esse texto, não consegui ficar em casa, nem conversar com minhanesposa consegui, a dor não cabia entre quatro paredes; fugi, não esperencronologia ou coerência textual nas próximas linhas.

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nHá mais de umansemana tento escrever meu texto de final de ano, mas a realidade, com suandinâmica avassaladora, teima em impedir meu balanço anual. Hoje foi a notíciande mais uma morte no CSE (Centro Socioeducativo) ou “novo CEA”, já que nãonpercebe-se mudança alguma no cotidiano da nova unidade o povo mantém o mesmo nome; foi a segunda morte em menos denum mês da inauguração da unidade que impediu que eu terminasse meu texto.

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nHarmonia é onnome de uma das alas do CEJ (Centro Educacional do Jovem- FUNDAC), harmonia é onque menos se tem visto no “novo CEA”, unidade que leva o nome de Edson Mota (http://www.tarcioteixeira.com/2012/03/quem-matou-edson-motta-servidor-da.html),ntenho certeza que se esse companheiro estivesse vivo estaria muito triste com onque tem ocorrido, não sei se podemos chamar isso de homenagem.

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nHediondo, éncomo alguns/mas denominavam um homem que eu muito admiro, mesmo sem nunca terndito isso para ele; o único motivo para essa denominação era sua postura durandiante da verdade (o que não significa culpa, como alguns confundiam), pois onque conheci foi um profissional que respeita(va) meu campo de atuação; umnPromotor que acredito mesmo eu não acreditando,desde minha adolescência, na independência dos poderes enna “ordem estabelecida”; autoridade que ainda em 2012nentrou com uma Ação Civil Pública na busca de garantir os direitos dos/as quenestão sob a responsabilidade do Estado.

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nHaicai nenhumnconseguiria explicar a “coincidência” da autoridade que fiz referência anteriormentensair da área da infância logo após impetrar com Ação Civil Pública e não ter asnmínimas condições de seguir com seu trabalho; não vou expor essa personalidadena quem tanto respeito, sei que ele pode até não concordar e não gostar dessasnlinhas, mas tenho o hábito de trazer ao público temática que precisam serndebatidas.

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nHavernconquistado meu afastamento do MPPB para atuar como Presidente co CRESS/PB nãondistanciou minha prática no campo da defesa dos direitos da Criança e donAdolescente, muito menos entre os/as adolescentes e jovens em conflito com a lei; aténmesmo porque sei que são mais vítimas que algozes; não estou com isso dizendonque lá (nas unidades de internação) estão apenas santos e/ou inocentes; estoundizendo “apenas” que são pequenos perto dos que usam helicópteros para ontráfico ou os que fecham Delegacias, Ouvidorias de Polícia e Operação Manzuá enacabam (já que não posso comprovar a intenção) favorecendo o crime organizado.
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nHematomasnsurgem todos os dias na mente de colegas assistentes sociais que trabalham nanárea da educação, elas/es sim sabem o que passam esses/as adolescentes antes denchegar ao CEA, CEJ, CES, Casa Educativa ou qualquer outro nome que seja dadonpara essas unidades que tudo parece, menos Centros Sócio-Educativos. Énfundamental lembrar que sempre existe um adulto envolvido, não podemosninstituir a política dos berçários de segurança máxima, a redução da maioridadenpenal não resolve o problema, mas políticas públicas; ou melhor, uma sociedadenhumana, com o H que iniciou todos os parágrafos desse texto, apenas essa, éncapaz de avançar para uma sociedade sem prisões.

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nHumanidade nãoné apenas mais uma palavra com H solta no dicionário, a humanidade não énessencialmente má, apesar de tentarem impor ideologicamente essa farsa, somos (Humanidade)nmais e podemos mais!

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nLeia também – “Vi o Futuro Presente: Alegre e Triste…” – http://www.tarcioteixeira.com/2011/02/vi-o-futuro-presente-alegre-e-triste.html
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nQuerendo ler mentiras ainda pode acessar – http://www.paraiba.pb.gov.br/79930/ricardo-inaugura-novo-centro-socioeducativo-da-fundac.html

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