Queria muito estudar… mas “eles” não permitem! A justiça, “garantidora dos direitos e da cidadania”, não garante nada, e ainda obriga que eu dedique parte do meu tempo as linhas que seguem.
Não sei se todos sabem, mas a Defensoria Pública da Paraíba está há quase um ano em greve (ou pouco mais); os Oficiais de Justiça também estão parados; o Tribunal de Justiça da Paraíba passou mais de um mês em greve, os servidores foram ameaçados, tiveram sua “feira, saúde e educação” cortadas pela metade, devido corte dos salários; e o Ministério Público da Paraíba além de negar aos servidores aumento já aprovado pela Assembléia Legislativa, implementa via AI-15 o ponto eletrônico para servidores.
Porque que será o empenho em acabar com a greve do TJPB e ao mesmo tempo nem ligarem para os Defensores Públicos? Quem são os usuários da Defensoria? Obviamente os trabalhadores massacrados em seu cotidiano, sendo assim, preferem também massacrar os Defensores. Assim segue a “garantidora dos direitos e da cidadania”.
Faltava só uma importante autoridade, em página oficial de determinada instituição, afirmar que a “[…] cultura do brasileiro, de um modo geral, é de cuidar da coisa pública com indiferença […]” e para mudar isso o órgão toma a “[…] iniciativa de colocar o ponto eletrônico”. Se essa afirmação fosse da “garantidora dos direitos e da cidadania”, eu imagino que tal afirmação seria antecedida de convocação dos concursados, ampliação do quadro funcional, garantia de estrutura de trabalho e salários dignos, não uma diferença de mais de 20mil entre o menor e o maior salário, isso no mínimo, para só aí começar a pensar em imaginar ouvir que os servidores cuidam “da coisa pública com indiferença”.
Enquanto isso a Paraíba é líder em violência contra a mulher, assassinato de jovens e uso abusivo de drogas na juventude. E assim segue, começando de seus órgãos, a “garantidora dos direitos e da cidadania”…
(Tárcio Teixeira)