Elizabeth Teixeira, Obrigado por Existir. Um dos Dias Mais Emocionantes da Minha Vida!

nSomosnum monte de nada! Foi meu sentimento diante de Elisabeth Teixeira, aos 90 anos,ne seu depoimento como mulher, mãe, educadora e grande lutadora social. Coloco anúltima terça-feira (16 de setembro de 2015) como um dos dias mais importantesnda minha vida pessoal e militante. Foi na Câmara dos Vereadores de João Pessoa,ndurante a Outorga da “Comenda Margarida Maria Alves” para Elisabeth Teixeira,ntendo sido o Vereador Fuba o autor da propositura.

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nOnplenário do legislativo municipal estava cheio, mas por alguns instantes parecianser apenas eu e Elizabeth Teixeira, especialmente quando ela começou a falar olhandonem meus olhos, parecia olhar para dentro do meu coração. Foi como se estivéssemosnno alpendre de casa em uma conversa informal, ou no chão batido de suasnhistórias, eu sendo mais um dos seus alunos.

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nElizabethnTeixeira falava dos abraços e do carinho do seu marido; da morte do seuncompanheiro de luta e da vida cotidiana; da morte dos filhos; da sua prisão e exíliondecorrente da ditadura militar; da sua luta em defesa do povo pobre; do períodonque ela, apenas com a 4ª série, alfabetizou centenas de agricultores; donorgulho de um dos seus alunos terminar o curso de direito; do seu retorno paranSapé-PB e o reencontro com a família.

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nNãonsou de segurar minhas lágrimas, mas nesse dia tive trabalho para segurar meusnsoluços. Impossível não se emocionar ao ouvir Elizabeth Teixeira contar suanhistória de luta e de muita dor, mas sem deixar de reconhecer as belezas danvida e da importância de lutar e amar as pessoas. De um segundo para outro elantransformava minhas lágrimas em um singelo sorriso que, logo em seguida,nviravam novas lágrimas decorrentes da beleza daquela guerreira e da minha mais íntimanreflexão.

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nTivenvergonha dos dias que fiquei cansado, dos dias que achei que fiz muito, dasnvezes que optei por pensar na minha vida. Senti sozinho uma vergonha enorme dasnvezes que fraquejei ao pensar “até que ponto vale seguir a militância e perderndias com minha filha, minha mãe, minha companheira, minha família e amig@s”.

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nCerto,nprecisamos respeitar o limite d@s outr@s, mas não somos nada perto da históriane da luta de Elizabeth Teixeira. Temos um débito com essa mulher, com seusnfilhos, com João Pedro Teixeira e tantos outros que dedicaram suas vidas para coletividade! Eu achava que sabia a importância da luta, tive a certeza do quanto ainda tenhonque aprender.

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nNonfinal de tudo, quando não tinha mais foto, quando não tinha mais câmara, eu fuinaté Elizabeth Teixeira, fiquei miúdo perto daquela gigante mulher, não conseguindizer nada do que eu queria, simplesmente pedi autorização para um abraço enpedi obrigado, o nó na garganta não permitiu mais que isso.

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nSaínda Câmara com um grande vazio, com o sentimento de que até hoje não fiz nada,nmas com a certeza que quero preencher esse vazio, quero pagar a minha parte nondébito que todos temos com Elizabeth Teixeira.

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nObrigadonpor sua luta e por mostrar o caminho, Elizabeth Teixeira.

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