Eduardo Varandas e a Comenda Cidade Verde.

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nFui informado pela VereadoranSandra Marrocos que no dia 25 de abril ela entregaria a Comenda Cidade Verdadenao Procurador do Trabalho, o “Excelentíssimo” Eduardo Varandas. Fiquei anperguntar se Sandra não achava contraditório ela ser a pessoa responsável pornessa homenagem, digo isso pelo fato dela ter sido uma das responsáveis pelonprocesso de terceirização/privatização das políticas públicas em João Pessoa eno seu partido (PSB) na Paraíba inteira. Sem dúvidas que Sandra sabia de tudo, mas aonmesmo tempo a Vereadora reconhece a luta do Procurador contra: a exploração do trabalhoninfantil; a exploração sexual infato-juvenil; e contra o trabalho escravo.nResumindo, foi uma mais que justa homenagem, eu tive a honra de participar.

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nA Vereadora do PSB foi a mestrende cerimônia, sua forma de rasgar o protocolo tornou a homenagem maisnagradável, sem perder a seriedade do evento claro. Caso eu tivesse anoportunidade de falar, sem dúvidas seria enquanto servidor do MinistérionPúblico da Paraíba (MPPB), eu diria o quanto fiquei triste ao saber que ele nãoné a pessoa responsável por fiscalizar o ponto eletrônico do MPPB. Além dennão ter tido a oportunidade de falar, o clima da festa era outro completamentendiferente: o reconhecimento de um homem que luta pelo cumprimento da lei encontra as desigualdades desse sistema injusto.

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nAo cantarmos o Hino Nacional umntrecho ficou em minha cabeça até agora: “Verás que um filho teu não foge à luta”.nFrase que fez lembrar a bravura desse “Excelentíssimo” que não se curva aosnpoderosos.

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nO Procurador começou seu discurso dizendo que não iria falar denterceirização da saúde (Sandra deve ter sentido uma mistura de vergonha e alívio)nou qualquer outro tema do seu cotidiano profissional, resolveu falar do SernHumano Eduardo em forma de poesia.

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nComo hipocrisia não rima comonpoesia, o homenageado afirmou: “Esses pronomes de tratamento (excelentíssimo)nmais nos afastam que nos aproximam” (Eduardo Varandas). Permitam então que eunsiga assim… O Eduardo seguiu em poesia afirmando o quanto o amor é simples eno quanto somos responsáveis por nossos atos, falou do ser sensível que sofre anpressão do cotidiano de uma Procuradoria. Como há muito tempo não seguro minhasnlágrimas, as palavras do Eduardo permitiram lavar meus olhos após duas semanasnde duras decisões que tive de tomar diante de alguns “Excelentíssimos”.

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nImaginem, se antes eu admirava onExcelentíssimo Procurador Eduardo Varandas, o que dizer então da minhanadmiração pelo Eduardo.

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nComo tudo tem uma razão de ser,nninguém brota do nada, havia Dona Socorro no caminho, a mãe de Eduardo. Mulhernque, como toda mãe, não permite os filhos passarem a vida sem um “mico” aqui enoutro ali. Virei fã de Dona Socorro, começoundizendo da sua alegria de saber que as pessoas “podiam vender suas redes nanCâmara, já que lá fora estava proibido” (Socorro Varandas). Nesse momento osnolhos se encontravam e as “legendas apareciam nitidamente”: estaria ela falandondos conhecidos bombados da prefeitura de João Pessoa?

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nDona Socorro não ficou nisso,ndisse o que todos esperam da humanidade ao afirmar que: “nós temos a obrigaçãonde sermos honestos” (Socorro Varandas). Fecho concordando com Eduardo, nantravessia do deserto, os que querem mudar o mundo, passam fome e sede pornentender que precisam plantar e regar as sementes para o futuro que senavizinha.

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nParabéns Eduardo Varandas!

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