nSeránque Deputados Federais Latifundiários ou Grileiros, muitas vezes sinônimos,ndefenderiam a devolução das terras tomadas dos/as índios ou dos/as quilombolas?nSerá que Deputados sonegadores de impostos aprovariam legislação com sançõesnmais duras para esses casos? Será que Deputados que controlam o Congressonaprovariam uma reforma política que garantisse um equilíbrio de forças entre asndiferentes correntes ideológicas existes em nosso país? Respostas curtas paranas três questões: não, não e não.
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nDanmesma forma, um Congresso formado em sua maioria de Deputadas defenderia a vidandas mulheres e não aprovariam, sequer em uma Comissão Especial, uma PEC com onteor homicida depois das alterações feitas na PEC 181/2015. Mas não, é umnCongresso com maioria esmagadora de homens, onde 18 homens contra uma mulhernaprovaram o fim do aborto em caso de Estupro, Risco de Vida para as mulheres ou emncasos de anencefálicos.
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nNonBrasil uma mulher é estuprada a cada 11 minutos. Vivemos em um país onde quatro mulheres morrem por dia nos hospitais por complicações por aborto, isso limitando aos dados oficiais, na vida real os números sobem ainda mais.Umanem cada cinco brasileiras já realizaram aborto. Issonsignifica que ao olhar para dentro de sua família e/ou círculo de amizade vocênestará diante de uma mulher que abortou, estará diante de uma amiga, de uma familiar,nde uma sobrevivente, não de uma criminosa, como querem fazer esses Deputadosnque defendem que as mulheres não possam decidir sobre seu corpo, que defendem anrevitimização dos estupros.
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nNonUruguai, não só nos casos de estupro, a mulher tem o direito de ser atendidanpor um médico e externar seu desejo de realizar um aborto (em gravidez até 12nsemanas), sendo em seguida acompanhada por uma equipe multiprofissional (AssistentenSocial, Ginecologista, Psicóloga/o) até decidir se realmente é um desejo ounfalta de opção/orientação. Lá, se na época da clandestinidade, eram mais de 30 mil abortos, hoje anualmente não passam dos 7 mil; se antes morriam milhares de mulheres, com a nova legislação nenhumanmorreu por complicações com o aborto; além disso, aumentou em 30{893e00c25158f9ee8e50627a81cad15ff9fd494d33694c956dcdfc9590e56264} o número de mulheres quendecidiram levar a gravidez adiante após solicitar o aborto legal. Não estamosndiante de uma legalização ou promoção do aborto, mas do debate aberto e dangarantia da vida.
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nRepudiarnesses Deputados – que hipocritamente falam em nome de Deus e que penalizam vítimasnde estupro – e dizer não para PEC 181 é dizer SIM PARA VIDA DAS MULHERES.
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nTárcio Teixeira
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nPresidentendo PSOL/PB
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nPré-candidatonao Governo da Paraíba
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nAssistentenSocial do MPPB
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| Quadro da Organização das Nações Unidas |
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