Diálogo com a Esquerda Paraibana, Seja ela Partidária ou Não.

Vivemos tempos difíceis na conjuntura brasileira. Vivemos um momento de necessária esperança e renovação na forma de fazer política. Vivemos momento de necessária unidade da esquerda, como tem ocorrido nacionalmente com o nome de Lula como alternativa para derrotar Bolsonaro ainda no primeiro turno das eleições de 2022. Acredito que na Paraíba a esquerda não precisa ir com as oligarquias, a direita ou a ultradireita. O campo popular pode construir uma alternativa de classe.

No início de 2021 tentei construir essa unidade por meio da Unidade Democrática pela Paraíba. Infelizmente a disputa interna em alguns partidos do campo popular não permitiram avançarmos nessa caminhada que animava muitas pessoas que acreditam nessa política, muitas delas inclusive sem militância orgânica em partido, mas dispostas a trabalhar por essa unidade. Infelizmente a divisão em alguns partidos desse campo segue, mas em nenhum dos casos aponta para unidade a esquerda, ao contrário.

Em 2020, em João Pessoa, teve candidato a prefeito da esquerda atacando mais outro candidato da esquerda que enfrentando a ultradireita. O resultado para o campo popular foi um desastre nas eleições majoritárias e proporcionais, ao contrário do que aconteceu no restante do país, onde esse campo voltou a crescer no parlamento e a ganhar prefeituras de importantes cidades. Espero que a esquerda paraibana não cometa o mesmo erro em 2022, não precisamos nos digladiar, nossos adversários já são muitos.

Nós do PSOL demoramos para lançar pré-candidatura na Paraíba, acreditávamos na unidade do campo popular. Apresentamos nossa pré-candidatura ao Governo da Paraíba com Adjany Simplicio apenas quando setores do campo popular definiram por seguir com: 1. João Azevedo que, seja no Cidadania ou no PSB, seguirá com o DEM (Efrains), Republicanos (Motas), PP (Ribeiros e Lucenas) e PSL (Julian Lemos), em outras palavras, ele seguirá com golpistas e bolsonaristas; ou 2. Com Veneziano (MDB), que votou pela saída da Dilma, e é irmão do responsável pelos passos iniciais do Golpe, já como ministro do Tribunal de Contas da União (Vital do Rêgo).

Ainda acredito na unidade do campo popular na Paraíba, mesmo que não parta das direções partidárias. Conclamo toda militância para construirmos um palanque de esquerda para o Presidente Lula na Paraíba. Um palanque que dispute o Executivo e o Parlamento Estadual e Federal, pois do lado de lá estão os Golpistas que, em uma possível vitória do nosso campo, não deixarão Lula Governar como precisa o povo brasileiro.

Tárcio Teixeira

Pré-candidato a Deputado Federal

Assistente Social Defensor dos Direitos Humanos

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