Bodas de Cristal, 15 anos com Áurea Augusta.

Assim como o cristal, o casamento vai se aprimorando com o tempo. 15 anos já é uma boa caminhada para esse amadurecimento, afinal, segundo continhas prontas da internet, são 180 meses juntos/as, 5.475 dias, 131.400 horas ou 7.884.000 minutos. A pedra preciosa só segue o rumo, a natureza trata de construir. O relacionamento não, ele demanda persistência, resiliência, criatividade e paciência, já que, diferente do cristal, que só “segue o rumo”, nós erramos e acertamos.

Aguardando para virar diamante, o cristal é símbolo de transparência, qualidade que não é tão simples de ser construída em um relacionamento, por vezes ela é uma imposição que se dissolve facilmente. Em nosso caso a transparência foi sendo construída, dialogada até alcançar a consistência das bodas de cristal.

Casamento não é amuleto e não tem os poderes mágicos do cristal. Fosse assim não existiriam aquelas repetições chatas que não conseguimos mudar, não aconteceriam aqueles dias que precisamos ficar sozinhos em meio a uma vida coletiva, não teríamos que cumprir certas tarefas na hora que a/o outra/o quer. Parafraseando Wander Wildner, em uma de suas músicas que virou nome de bloco de Carnaval que ajudamos a construir, “ninguém consegue ser alegre o tempo inteiro”[1], mas é importante ser na maior parte do tempo, óbvio (rsrsrs).

Áurea Augusta, sou muito feliz pelo que temos construído até aqui, seria muito chato ser alegre o tempo inteiro ou não ter você em minha vida. Se pode ficar melhor? Espero que sim, pois sou daqueles que sempre quer mais e vou buscar sempre mais maturidade para sermos sempre mais. Te amo!

Deixarei os versos do Mestre Escurinho encerrar essas linhas sobre nossa caminhada.


[1]    Na música, e no nome do bloco, é “Eu não consigo ser alegre o tempo inteiro”.

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