Aos Que Gostam do Que é Bom!

Já vi muita coisa bonita em meus poucos 32 anos, as andanças da formação profissional, militância no Movimento Estudantil ou Partidário possibilitaram além de perceber as necessidades materiais de nosso povo sofrido, conhecer nossas belezas naturais e culturais desse povo guerreiro.
Antes de seguir, gostaria de lembrar que entre o segundo semestre de 2006 e os primeiros meses de 2009 morei em João Pessoa, onde estive como assistente social da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Em março de 2009 voltei para Pernambuco, assumi o cargo de assistente social do Tribunal de Justiça de Pernambuco com a alegria de voltar para casa, mas ao mesmo tempo com uma saudade enorme da Paraíba, lugar que tentei descrever em “Saudades da Paraíba” (poema publicado no blog http://tarcioteixeira.blogspot.com). Em outubro (mês que completei meus 32 anos) fui nomeado assistente social do Ministério Público da Paraíba, não demorei para escolher meu canto, João Pessoa, Paraíba, minha morada.
Semana Santa de 2010! Tive ainda mais certeza que minha escolha foi a mais acertada, além das belezas do Sertão e da Zona da Mata Paraibana, que mesmo pouco eu já conhecia, tive a oportunidade de conhecer um pouco mais da Borborema, cidades desconhecidas por muitos e esquecida por tantos governantes. Segui entre as diferentes belezas dessa região, conhecendo um pouco sua religiosidade, cultura e natureza. Belezas da Borborema, da Paraíba, do Nordeste, do Brasil.
Claro que no caminho também vi o abandono com as estradas, a natureza e a cultura dessa região, onde o povo não tem a mesma atenção que em outros pólos do Estado, não que nestes as pessoas vivam bem, mas na medida em que entramos na Paraíba o esquecimento e o sofrimento do nosso povo aumenta. Mas não vou dar esse foco em minhas poucas linhas, quero aqui falar das pessoas e coisas maravilhosas que vi em três dias na estrada, sugiro esse caminho à todos, com exceção do atalho pela estrada de barro entre Gurinhém e Alagoinha, duas cidades bonitas e de pessoas super acolhedoras.
Não importa ordem do passeio: conheça o colorido das casas de Alagoa Grande, a beleza da lagoa da terra do grandioso Jackson do Pandeiro; passe pelo caminho dos engenhos que corta essa região, cachaças muitas vezes mais saborosas que as famosas mineiras; não precisa ir para longe para conhecer a história do Brasil ou a cultura do nosso país, vá aos museus de Bananeiras e Areia, veja a história da libertação dos escravos, da linha férrea, visite a casa de um dos maiores pintores do mundo (conheça a casa Pedro Américo), o primeiro teatro da Paraíba (é… não foi na capital, mas em Areia), ou conheça, e se tiver sorte, dance a “dança do Leso”, patrimônio imaterial de Bananeiras.
Quebremos um pouco o parágrafo anterior, mas sigamos em Areia em seu aconchegante, apesar de traumático para alguns, “Bar do Chifre”, internacionalmente conhecido, pode ser no mesmo dia em que a cidade esteja encenando a “Paixão de Cristo”, onde tive a oportunidade de ver a atuação dos artistas locais. Quando estiver de saída sentido Remígio, passe no campus da UFPB, onde as poluidoras placas de formatura são substituídas por arvores plantadas pelos formandos. Assim que chega em Bananeiras, descanse um pouco no “Bar da Estação”, tome um vinho bem gostoso naquele clima friozinho delicioso, mas antes deixe o carro na “Pousada da Dona Nenê”, não é nada silenciosa, mas super acolhedora, vai se sentir da família.
Quando acordar, ainda nos primeiros raios do dia, coma uma deliciosa pamonha e siga por Borborema até a “Cachoeira do Roncador”, chegue antes das 9h e verá uma das paisagens mais belas, de deixar muitos outros belos lugares com inveja. Seguindo o clima de beleza natural, antes de chegar em “Passe e Fica” para ir ao “Parque Natural Pedra da Boca- Araruna”, suba ainda mais a serra e veja a gigantesca e maravilhosa vista do “Cruzeiro de Roma”, simplesmente fantástica!
Beba uma água bem gelada e relaxe uns poucos minutos, ainda tem muito para ser visto e para fazer! Se não aguentar ir direto, volte para dormir em “Dona Nenê”, ou então acampe na entrada do parque ou no “Bar do Seu Tito”. Ao amanhecer, escolha uma das trilhas (de preferência com um guia) e desbrave as lindas formações rochosas da região, as desconhecidas ou as famosas “Pedra da Boca”, “Pedra da Caveira” e “Pedra do Coelho/ou do Carneiro”, esta sugerida para um Rapel simplesmente ESPETACULAR (pode falar com Julio)! É recomendado um almoço entre uma coisa e outra.
Volta pode ser feita com muita calma e pelo mesmo caminho, revisando algumas dessas belezas e parando em cidades agradáveis de pessoas super receptivas para tomar uma água ou tirar fotos no paisagismo das belas praças, como em Solânea e Arara.
Quem não tiver pique para tudo isso em uma semana santa, vá aos poucos curtindo essas Belezas Paraibanas! Boa Viagem!

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