Estou no Sertão (com letra maiúscula mesmo) da Paraíba, em um Sertão que eu não conhecia, foram sete cidades em cinco dias! Vim com meus colegas de trabalho fazer algumas inspeções junto a assistência social das cidades visitadas, mas esses detalhes estarão apenas no relatório social, quero nas linhas que seguem apresentar um pouco do que muitos brasileiros, e até alguns paraibanos, ainda não conhecem.
Aqui, não vou entrar nos detalhes sobre as pessoas que conheci, ou mesmo nos agradáveis momentos ao lado da equipe participante dessa “expedição”, quero apenas tentar desenhar um pouco das paisagens que vi, e tentar não entrar no descaso do Governo Estadual quanto as estradas da Paraíba que nos levam às cidades pequenas!
Logo na chegada ao Sertão desconhecido fomos recebidos por Cristo de braços abertos! No alto de uma das serras que cercam a acolhedora Itaporanga um enorme Cristo de Braços abertos, ainda mais bonito a noite, nos recebia tão bem quanto as pessoas daquela cidade.
No dia seguinte, no meio do Sertão, imagino eu já em terras de São José do Caina, víamos um dos arco-íris com as cores mais fortes que já havíamos visto antes. Como não bastasse tamanho presente, a sofrida estrada nos levava ao final de um dos muitos arco-íris que acompanharam nossa jornada até a linda igrejinha amarela no alto de Serra Grande. Infelizmente não encontramos o pote de ouro, poderia ser uma das alternativas para ajudar a resistência sertaneja.
Ainda na terça seguimos para Pedra Branca, não precisávamos perguntar porque a cidade tinha aquele nome, enormes montanhas de pedras pequenas enfeitavam nosso caminho, a amplitude de suas montanhas pareciam gigantes castelos feitos na beira da praia, pequenos pingos formando um grande castelo.
No meio da nossa jornada chegamos em Boa Ventura, cidade pequena, limpa e de um belo colorido nas casas que passávamos, infelizmente sua beleza estava abalada com a morte de uma das personalidades da cidade.
Antes de pegarmos a jornada de volta, algo que só faremos amanhã (sexta), tivemos a oportunidade de conhecer Curral Velho, lá – penso eu, João Pessoa perdeu seu título de cidade com maior quantidade de árvores por habitantes. O verde brilhava na cidade em meio a sua religiosidade, quatro Igrejas (de religiões diferentes) para 2070 habitantes. Na praça central o respeitado Frei Damião cuidava do verde da cidade e apreciava uma das Igrejas que abriga um pouco da muita fé que protege aquela cidade.
No mesmo dia de Curral Velho, após escapar das ladeiras de areia fofa, conhecemos a uma pedra preciosa, um cidade chamada Diamante, tivemos uma recepção acalorada, aquecida ainda mais pelo clima do Sertão.
Como bom sertanejo que sou, encontrei o que imaginava: além das belezas naturais, uma grande disposição para o trabalho e transformação social.
Realmente, somos antes de tudo um forte!
Créditos:
Demais fotos – Tárcio Teixeira