A Biografia de Uma Lutadora!

Pense em uma grande mulher! Quantos nomes passaram em suas cabeças? Imagino que em um meio de comunicação de massas muitas dezenas de centenas de grandes mulheres seriam citadas, imagino que apareceriam mulheres políticas, lutadoras sociais e cientistas entre outros tantos segmentos. Mas hoje quero lembrar a maior de todas elas – Rosimar Holanda, uma biografia desconhecida em sua plenitude, uma vida que não é lida em qualquer biblioteca.
Não tentarei aqui fazer uma resenha dessa linda biografia tão rica, isso seria muita pretensão para esse simples blogueiro, quero apenas que outras pessoas tenham a oportunidade de conhecer um pouco de Rosimar Holanda: sertaneja, nordestina, brasileira, ou simplesmente, uma mulher muito querida entre os seus.
Nascida no final dos anos 1950, em 13 de agosto, Rosimar vinha ao mundo em meio a terra seca do Serafim Dias. Apesar do clima do sertão nordestino, o alimento da família vinha da terra, possivelmente não foi a filha que mais trabalhou, mas sem sombra de dúvidas o trabalho esteve presente em sua infância. A agricultura e depois o modesto (modesto mesmo) comércio de seus pais foram as fontes de sobrevivência de uma família de 15 irmãos.
Enquanto alguns irmãos saiam para tentar a vida em São Paulo e Recife, nossa “personagem” de hoje casava-se ainda adolescente. Mesmo sem uma pesquisa mais aprofundada, nos arriscamos a dizer que Rosimar imaginava no casamento a oportunidade de viver um grande amor e a possibilidade de uma vida menos repetitiva, de fato sua vida não seria mais a mesma.
A maternidade veio ainda em meio as bonecas, a viuvez também veio muito cedo, antes dos 20 anos, tendo em seus braços uma menina, se não estou enganado, de 2 meses de idade e um menino que acabava de fazer 3 anos.
Nessas condições muitos poderiam imaginar mais uma jovem perdida, triste e sem um futuro de grandes possibilidades, fosse esse o caso, possivelmente eu não estaria aqui escrevendo um pouco dessa biografia. Rosimar tentou a sorte em Recife, em meio as irmãs que lá já estavam. Foi na Veneza Brasileira que ela teve seu primeiro emprego e, ainda, na primeira metade dos anos 1980 foi “mãe solteira” e superou, também, as pressões de uma sociedade machista e hipócrita.
A década de 1980 foi de superação: fez seu curso de auxiliar de enfermagem, superou problemas de saúde, dançou o forró que não foi possível em meio a maternidade precoce e ficou distante dos filhos – apenas fisicamente – em alguns momentos necessários a estruturação familiar.
Após diversas experiências de morada (foram muitas mudanças), algumas vezes com suas irmãs, tendo o filho mais velho morado um ano com os parentes paternos (pessoas muito amadas) e a filha do meio em outras oportunidades com os avós maternos, resolveu em 1990 juntar sua prole e viver uma nova vida. Não foi fácil para ela administrar um filho de 13 anos, uma de 10 e outro de 05 em um apartamento de um quarto (cedido pela irmã que primeiro desbravou Recife) e tendo que trabalhar o dia inteiro, mas o que importava era que finalmente estavam juntos, com todas as alegrias e dificuldades que isso traz.
Como não é um conto de fadas, não irei ao “felizes para sempre”, mas hoje Rosimar: é turismóloga, brevemente com o título de especialista; comprou sua casa própria; formou dois filhos, ambos casados; o filho mais novo ainda vive sua graduação, não casou mas tem uma namorada bonita e educada, além da mãe dela mostrar um carinho especial por ele; é avó de uma menina de 9 anos; e segue sendo uma pessoa querida por todos.
Não sei muito sobre os amores e possíveis sofrimentos que tenha vivido essa alegre Mulher! Imagino que boa parte de sua biografia tenha sido guardada em seu baú para proteger seus filhos e seu coração! Filhos que ela sempre ensinou a respeitar as pessoas!
Rosimar Holanda, uma grande mulher! A MÃE QUE MAIS AMO NESSE MUNDO! Feliz Aniversário!

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