nFinalmentenvolto a escrever para o “Vida Vivida”. O período que estivenafastado foi decorrente da legislação eleitoral, segui a mesmannorma que determina o afastamento por parte de colunistas em blogs enjornais escritos.
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nOntema do retorno não poderia ser outro, eleições. Farei algumasnconsiderações pessoais, pois a Direção Municipal, Estadual enNacional do PSOL ainda não reuniu após o período eleitoral.nIniciarei fazendo referência a disputa de vereador em João Pessoa,njá que articulei nossa chapa e disputei uma vaga para Câmara denJoão Pessoa. Na sequência trarei algumas reflexões sobre a eleiçãonde Prefeito/a na Capital. Ainda antes de apresentar as consideraçõesnfinais, apresentarei elementos sobre a disputa do PSOL na Paraíbancomo um todo.
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nAindanantes de começar, gostaria de pedir desculpas pelo tamanho dontexto, mas é melhor fazer um balanço geral e voltar rapidamentenao normal do blog, pois nossa caminhada é para além das urnas e sãonmuitos os debates e as mobilizações do próximo período, temosnnecessidade de muita luta pela frente.
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n1.nCâmara Municipal de João Pessoa
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nNãonfarei desse espaço umanlista de motivosnpara não termos eleito @s primeir@snvereadores/asndo PSOL emnJoão Pessoa,napenas pontuarei alguns elementos centrais para o debatenideológico,nrefletindo sobre o quenalguns chamam de pragmatismo eleitoral, tambémnconhecido como oportunismo (ou vale tudo) eleitoral.
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n1.1nDa Montagem da Chapa Até a Disputa nas Urnas
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nPelanprimeira vez na história do PSOL João Pessoa, a chapa do Partidonsofreu uma grande ofensiva antesnmesmo das eleições começarem,nonque acabou levando algunsnpré-candidat@s para outros partidos e ou annão saíremncandidat@s.nO dito pragmatismo eleitoralne algumas promessas atingiram duramente nossa chapa, resultado:nassim como não elegemos vereadores/as,nnenhum d@s que saíram foram eleit@s.nMesmo assim énpossível destacar elementos positivos,ntivemosna maior chapa do PSOL na Capital, avançamos na quantidade denmulheres disputando a Câmara de João Pessoa enprovamos que seria possível alcançar nossa vaga na Câmara nãonfosse a Contrarreforma Eleitoral e o dito pragmatismo eleitoral.
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nPoderíamosnter feito um/a Vereador/a caso a chapa planejada fosse a consolidada!nTiveno cuidado de somar os votos da nossa chapa: com os candidatosnque saíram do PSOL enforam ser candidatos em outros partidos;nd@snque jánforam candidatos em outras eleições e desistiramnde ser candidat@s nonpleito atual; en@snvotos de doisnpoliciais militares doncampo progressista quenconversei sobre a possibilidade de saírem candidat@snpelo PSOL enoptaram pelo dito pragmatismo eleitoral em outras chapas.nClaro que a conta não é tão simples, ounmesmo tão objetiva, para dizer que teríamos feito @ primeir@nvereador/a do PSOL, pois são muitos condicionantes ao mesmo tempo,nmasnservem para deixar claro que o pragmatismo eleitoral não serve paran@s lutadores/as sociais.
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n1.2nContrarreforma Eleitoral
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nAnContrarreforma elaborada por Eduardo Cunha, no que impactava diretonna participação do PSOL, contou com os votos não só do PMDB, masntambém do DEM, PSDB, PCdoB e PT. O motivo comum entre eles? Nãonqueriam o crescimento de uma alternativa política a esquerda emnnosso país. Resultado, @s candidat@sndo PSOL ficaram fora de debates, como o da TV Cabo Branco em JoãonPessoa, alémnde ter o tempo de TV reduzido drasticamente. Enquanto @s candidat@sndo PSOL tiveram 30 inserções para dividir entre 20 candidat@s,nos demais partidos tinham centenas de inserções para suas chapas denvereadores/as.
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n1.3nCompra de Votos e Outras Distorções
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nEmnum local “moralmente democrático”, a denúncia feita pelonVereador do PSB (Renato Martins) – sobre corrupção e compra denvotos em seu partido – seria mais que suficiente para uma duranapuração dos fatos e realização de novas eleições para Câmarande João Pessoa.
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nMasnnão paro aí, como definir compra de votos? Seria apenas dizendontome “R$100,00 e vote em mim”, ou seria também o “ou vote emnmim ou colocará seu emprego em risco”? Os cabides de emprego ounmesmo os piquetes de greve pagos são ou não compra de votos? Essasnpráticas interferem diretamente no processo eleitoral, a disputa sentorna desleal e antidemocrática.
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nOutronaspecto que não cabe em minha cabeça é o fato de algumas pessoasnsepararem a disputa da Câmara da macropolítica, tentam separar anemoção da razão para livrar o peso da consciência e acender umanfictícia luz no fim do túnel. Alguns votos para câmara ficam noncampo privado ou em um campo ideológico passado. Em muitas ocasiõesnas pessoas fecham os olhos e “esquecem”: que seu/sua candidat@ jánvotou pela privatização das políticas públicas na Câmara de JoãonPessoa; que já atentou contra os direitos humanos em seus cargos (ounfechou os olhos); que estão em partidos cruéis com osntrabalhadores/as ou aliados a esses partidos.
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n1.4nRenovação?
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nAsnmudanças de nomes ocorridas na Câmara de João Pessoa nãonrepresenta necessariamente mudança politica, indica deslocamentondo poder econômico e negação a alguns vereadores,na exemplo de Benilton, que sofreu dura campanha negativa pel@sntrabalhadores/as da Educação de João Pessoa que sentiram a traiçãondesse Vereador ao optar por caminhar com Cartaxo e virar as costasnpara @s servidores/as.
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nDanmesma forma, outros vereadores que vinham de uma tradiçãonideológica também sofreram com a mudança de legenda em nome don“pragmatismo eleitoral” ou por suas vacilações táticas enacabaram ficando de fora da Câmara.
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nDencerto modo esses elementos representam um certo amadurecimento doneleitorado. Por outro lado, e esse aspecto fica apenas como hipótese,nboa parte da abstenção e dos votos brancos e nulos, foram denpessoas que historicamente votavam com a esquerda e estãondecepcionadas com a postura do PT e ainda não percebem no PSOL denJoão Pessoa uma alternativa, o que parece ser uma das mudançasnpossíveis para o próximo período, se considerarmos a votação donPSOL na disputa da Prefeitura de João Pessoa e em outras cidades danParaíba.
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n2.nEleição de Prefeito
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nOncompanheiro Victor Hugo teve a maior votação (8.814) do PSOL nasneleições de Prefeito em João Pessoa, só não teve uma votaçãonainda maior devido a contrarreforma eleitoral que deixou nossancandidatura com 20 segundos de TV e fora do debate da TV Cabo Branco.nEsses são elementos fáceis de constatar sobre a participação donPSOL nas eleições. As regras anteriores teriam colocado o PSOL emnoutro patamar e a campanha muito bem protagonizada por Victor terianmudando a história da disputa na Câmara. O PSOL tem um importantenespaço de crescimento pela frente.
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nDesdeno começo eu dizia no interior do PSOL que Cida Ramos foinescolhida para perder, não faço essa afirmação devido asnqualidades individuais da candidata, mas devido os objetivos denRicardo estarem desde o começo voltados para 2018, sendo o desgastencom o vice escolhido parte dos cálculos e do interesse de ambos. Énvisível o foco dado pelo PSB na Câmara Municipal, a propaganda dasngestões de Ricardo e a exposição exagerada do Governador nosnprogramas da candidata. A aliança com “os Efranis”,nFelicianos e Wilson Filho é parte da aposta deles em 2018, tanto queno PSB não questiona (por exemplo) a votação da PECn241 e outras medidas dos seus aliados, que não são merosnaliados de 2016, repito. Infelizmente alguns setores que giram emntorno da estrutura do Estado preferiram fechar os olhos e tratar essanaliança como tática, uma vergonha para história de luta denalguns/mas, mas a história é implacável e a fragmentação de quemnapostou nesse caminho já é uma realidade.
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nQuantonao Professor Charliton, defendeu um programa de forma muitoncontundente, mas a postura do PT nos últimos anosn- em âmbito nacional (recuo nos direitos, alianças e denúncias dencorrupção), estadual (com Ricardo e com o PMDB) e municipal (comnCartaxo e gestão do PT em João Pessoa) – não batia com ondiscurso apresentado.
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nAsnanálises da ampla maioria sobre as eleições de 2012 dizem quenCartaxo “virou prefeito” por força das circunstâncias, mais pornoposição ao que era oferecido ao eleitorado que por sua capacidadende governar ou por seu carisma político. Em 2016 as forçasnconservadoras da Paraíba fizeram uma grande aliança em torno denCartaxo, soma-se a isso o desgaste do Governador (grande derrotadondas eleições em João Pessoa), as inaugurações deixadas para asnvésperas do processo eleitoral, a super e desigual estrutura dencampanha e as distorções no processo democrático, fatores quenlevaram Cartaxo a uma reeleição com maior facilidade que a eleiçãonde 2012.
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n3.nPSOL na Paraíba
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nMesmona Direção Estadual e Nacional tendo desfeito as coligações emnSousa e Massaranduba por existir alianças não autorizadas, optandonpor não cair em “invenção tática”, o PSOL Paraíba ainda tevena maior participação em eleições municipais da sua história, 14ncidades disputando prefeituras.
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nDisputamosnpela primeira vez em Belém, Caiçara, Guarabira, Pedras de Fogo,nItaporanga, Pedras de Fogo, Pilar e Solânea, cidades das quaisndestacamos a positividade do impacto político com a boanrepresentatividades dos nossos candidatos. Destes, dois municípiosnmerecem destaque numérico: Itaporanga, onde Sousa Neto alcançoun2,25{893e00c25158f9ee8e50627a81cad15ff9fd494d33694c956dcdfc9590e56264} dos votos e segue com um grupo coeso para disputas futuras; enPilar, onde Mathias passou dos 9{893e00c25158f9ee8e50627a81cad15ff9fd494d33694c956dcdfc9590e56264}, sendo proporcionalmente oncandidato mais votado do PSOL Paraíba, representando uma alternativanreal contra as oligarquias locais.
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nApesarnde não ser as primeiras candidaturas na cidade é de se destacar anparticipação, os percentuais e a qualidade do debate feito por:nMarcos Patrício (4,45{893e00c25158f9ee8e50627a81cad15ff9fd494d33694c956dcdfc9590e56264} em Cabedelo), Gobira (3,79 em Cajazeiras),nDr° Rivaldo (3,07{893e00c25158f9ee8e50627a81cad15ff9fd494d33694c956dcdfc9590e56264} em Princesa Isabel) e Valdir Lima (4,76{893e00c25158f9ee8e50627a81cad15ff9fd494d33694c956dcdfc9590e56264} em SantanRita).
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nNasndemais cidades, mesmo onde caímos em quantidade de votos, fizemos umnimportante debate ideológico. Entre estas cidades eu destacarianPatos, onde fizemos o quarto vereador mais bem votado, Josivan (danUnidade Popular pelo Socialismo), que não foi eleito devido nossanchapa não ter alcançado o quociente eleitoral, colocando o PSOL nancidade com possibilidades de ser um Partido mais amplo, com impactonreal na vida da cidade.
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nResumindo
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nAssimncomonanContrarreforma Eleitoral, a táticande alguns em desmontar a chapa denvereador/a donPSOL em João Pessoa e em outras cidades da Paraíba funcionou e tevenimpacto parannão elegermosnnoss@snprimeir@s vereadores/as; mas essantática não impediu o crescimento do PSOL no estado, numericamente enpoliticamente falando. Somosnuma alternativa real de disputa que segue os desdobramentos dandisputa nacional.
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nNacionalmenteno PSOL fez mais vereadores/as que nas eleições passadas, crescemosnnas capitais, passamos d@s 50 parlamentares eleit@s; elegemos doisnPrefeitos no primeiro turno e estamos disputando em 3 cidades nonsegundo turno, Rio de Janeiro, Belém e Sorocaba.
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nOnPSOL é um polo real de rearticulação da esquerda brasileira. NanParaíba, saímos das eleições maiores do que entramos. Em breventeremos boas surpresas na reestruturação que a esquerda passannacionalmente.
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nJoãonPessoa, 12 de outubro de 2016
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nTárcionTeixeira
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nPresidentendo PSOL/PB
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