Sentimentos tão díspares… Às vezes, a lágrima trava. Choro mais por dentro que por fora. Mas não sufoco o medo. Mantenho acesa a esperança. Da parede lateral do muro vejo que há sempre o crepuscular da vida!
Ora, mas é impossível não se encantar, diante da beleza da rosa que é rosa! Que tenhamos força, para enfrentar as inseguranças, perdas e medos. Sob a luz do sol da vida, nos armaremos na perseverança e muita coragem…
Sou humana! Diante de tantas adversidades, não posso estar alegre, mas, também, nunca apago a luz ou fico totalmente triste…
Faço arte, escrevo, cuido dos amores humanos, animais e das flores. Me vejo de volta ao palco. Sonho com o retorno cotidiano das pequenas, e compartilhadas, miudezas. A vida é tão rara… E que bom: me vejo viva! Me sinto forte!
Notícias chegam do interior… Nuvens já se formam no Sertão… As águas que vêm do céu lavam a alma; alimentam a fé dos nordestinos.
Mandacarus resistem e “fuloram”. Com resiliência, seus frutos embelezam lá no Sertão. A esperança baila, em gotículas de chuva e emoção, os nossos corações!
Afinal, quem tem medo da felicidade? E quer saber? Apesar da pandemia, de uma certa melancolia e das muitas adversidades, a sabedoria do Gilberto Gil é o que nos impulsiona. Como ele já (en)canta: a fé não costuma “faiar”…
Portanto, mais do que nunca, a hora é de ir em frente! Sem mais delongas, vamos que vamos!!!
Outra vez, ainda que palidamente, me (re)visto de multicores! Creio nas pinceladas que irão alumbrar as gentes; aos seus olhos, aos atos e aos sentimentos de todo (um) mundo!
Seguiremos… Resistiremos… Venceremos!