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O Movimento Levante constrói o movimento estudantil na UFPB desde o ano de 2006, a partir de uma ampla mobilização de centros acadêmicos e coletivos estudantis que escolheram pautar a necessidade de um movimento estudantil combativo e independente, capaz de problematizar as questões que envolvem o cotidiano d@s estudantes e da universidade e aliado aos movimentos sociais que lutam pela superação das relações de exploração, opressão e poder existentes na sociedade.
nNossa opção é pela classe trabalhadora e pelos estudantes e o nosso compromisso com o movimento estudantil é o de buscar formas inovadoras para problematizar com o conjunto d@s estudantes na realidade vivida pel@s mesm@s, os problemas que enfretam na universidade durante sua formação profissional e em sua vida. Para isso, buscamos sempre a construção de espaços de reflexão crítica, mobilização coletiva e formação política. Acreditamos que apenas dessa forma podemos desenvolver uma postura coerente e uma práxis (união dialética entre a teoria e a prática), de fato, transformadora. Estivemos na linha de frente de todas as mobilizações estudantis dos últimos anos – como a luta contra o aumento da passagem de ônibus que tomou as ruas no final do ano passado – e as tocamos com muita responsabilidade ao lado de outros coletivos, organizações e militantes independentes.
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“Faz escuro, mas eu canto…” Thiago de Mello
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A UFPB tem uma particularidade entre as Universidades Federais, que é a de ter uma direita coronelista organizada e que, ainda hoje, disputa a base do ME. Essa direita nunca deixou de existir desde a redemocratização (1985). Entretanto, nos últimos anos, com a sua ligação direta à máfia de carteiras e ao empresariado do transporte, vem ganhando força política com o aparato financeiro construído com essa máfia. Pra eles, pouco importa a política educacional e os problemas por que passam os estudantes em seu cotidiano: querem apenas garantir sua fatia do bolo e assegurar a direção do DCE para manter o controle da confecção de carteiras e calar a boca dos militantes comprometidos com as causas estudantis e sociais.
nAcreditamos na importância de disputar o Diretório Central dos Estudantes por compreender que a entidade é uma importante ferramenta de articulação dos centros/diretórios acadêmicos e movimentos sociais que existem na UFPB. Queremos que a entidade seja um instrumento de luta d@s estudantes e sabemos que isso não é tarefa de poucos: precisamos de tod@s os que estão comprometidos com a construção de um movimento independente, combativo e radicalmente democrático. A existência de uma direita organizada, o momento de retração das lutas sociais e a descrença da juventude em saídas coletivas para os problemas que enfrentamos justificaram e ainda justificam a UNIDADE entre as forças políticas que compuseram a chapa “Viramundo: que a universidade se pinte de povo” ano passado.
nAproximamos-nos dos CAs e DAs chamando os Conselhos de Entidades de Base e realizando reuniões amplas para debater os problemas dos cursos e d@s estudantes. Estivemos à frente, ao lado de uma juventude guerreira, da Greve Geral do Campus IV, onde questionamos duramente o processo de expansão da UFPB, que visa quantidade mas não presa pela qualidade de nossa formação. Lutamos contra o aumento da passagem de ônibus, representando na cidade de João Pessoa um contraponto sério à política de transportes da Prefeitura. Podemos muito mais, mas isso depende da ampliação da nossa capacidade de diálogo e da inserção que o movimento estudantil combativo tenha entre os estudantes. O DCE pode cumprir um importante papel, aprofundando o processo de retomada da relação com a militância dos diversos cursos e servindo como articulador de nossas lutas conjuntas.
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“Essa ciranda não é minha só, ela é de tod@s nós…”
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Pro DCE seguir lutando, precisamos mais do que belas palavras. Precisamos da UNIDADE e da responsabilidade daqueles que compõe a atual gestão, mas, sobretudo, precisamos dialogar com o conjunto daqueles que estão nos CAs e DAs, em coletivos de curso, em projetos de extensão popular, em movimentos sociais. Enfim, outro movimento estudantil é possível se for construído por aquelas e aqueles que estão engajados na reflexão crítica e na prática cotidiana para a superação das contradições que atravessam a sociedade e, conseqüentemente, a UFPB. Estamos dispostos a construir um espaço amplo e horizontal para o debate sobre as eleições, onde o debate central reflita os reais problemas que o movimento estudantil enfrenta em nossa universidade. Queremos estar ao lado das lutadoras e lutadores do ME da UFPB. Vamos junt@s?
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João Pessoa, 2 de maio de 2011
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Movimento Levante – UFPB