27 de maio, quase um mês atrás, publiquei texto sobre o processo eleitoral. Processo este que na Paraíba está mais definido do que dizem alguns analistas político que floreiam e especulam, cada um temendo tirar conclusões e ser traído pelas reviravoltas da história. Como não sou um analista político, mas um ativista que tem acertado em algumas análises, arrisco algumas conclusões, algumas delas desdobramentos do referido texto publicado em maio.
Na política não é simples ficar dando “cavalo de pau”. Os Cunha Lima não ganharam Nilvan – que fugiu do cortejo do PSDB para casar com o PTB do corrupto Roberto Jefferson, mas consolidaram o relacionamento aberto com os Bolsonaristas, com direito a foto que maraca a história de desespero dos tucanos que não tem mais com quem dialogar e vai a reboque dos “pensadores” da ultradireita. Esse campo não elege governador e sairá menor da Câmara Federal e da Assembleia Legislativa.
Os Ribeiro são acostumados a está do lado de quem ganha e sabe que não será a ultradireita, não vai a uma disputa ao governo e segue a pressão para ter mais vantagens para sua família em um acordo com o Cidadania de João Azevedo.
João Azevedo não é esquerda, nem mesmo do campo popular, não por acaso tem Julian Lemos (PSL) como aliado e o Cidadania vota no Congresso em mais de 90% das propostas do Bolsonaro. Julian pode não ser o mais querido por Bolsonaro, mas defende com unhas e dentes a ideologia bolsonarista da ultradireita.
É legítimo que partidos do campo popular foquem na reeleição dos/as seus/suas parlamentares e em disputar vaga no Senado, assim como é legítimo o PSOL lutar por sua sobrevivência legal, mas nada disso fará sentido sem uma disputa real de rumos da Paraíba, o que só será possível com uma candidatura de oposição ao bolsonarismo e oposição a aliança João e Julian.
O PSOL estará na chapa majoritária nas eleições de 2022. Uma chapa de oposição ao atual governo estadual e de enfrentamento ao bolsonarismo. Além disso, temos uma luta pela sobrevivência, o centrão, a direita e a ultradireita, querem acabar com o PSOL, a manutenção da cláusula de barreira tem esse objetivo, essa eleição será a eleição das nossas vidas, seja na luta democrática por nossa existência partidária, seja na luta para derrotar o atual projeto genocida que desgoverna o país e tem capilaridade na Paraíba.