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nEm 2014, em meio a campanha denGovernador, perguntaram o que eu achava sobre a briga de Ricardo Coutinho enPâmela Bório, sem pestanejar respondi: “Não acho nada, até onde sei é umndesentendimento entre casal, caso estivéssemos tratando de um denúncia denviolência eu seria o primeiro a questionar, independente de ser o governador”.nAté onde tenho acompanhado as notícias do último período, a história agora énoutra!
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nNão sou Juiz, nem entrarei nonmérito de quem é o certo ou o errado, mas a linha do advogado de RicardonCoutinho, Fábio Rocha Galdino, de julgar previamente a mulher e mãe Pâmela Bório,ntambém não deve ser admitida. Sejamos francos: o advogado de um governadornfaria a postagem que fez nas redes sociais sem o aval do seu cliente?
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nO advogado faz uma postagem comnconteúdos machistas ao focar o debate em uma mulher que tenta “destruir onex-marido”, ao dizer que “o Estado Democrático de Direito não serve para o seun[da Pâmela Bório] mundo de futilidades”, ao afirmar que a Pâmela “age como foranda lei para, logo em seguida, se vender como vítima indefesa”. O Senhor FábionRocha Galdino, não sei se propositalmente, usa os mesmos argumentos machistas usadosnpor boa parte dos homens que não querem aceitar a separação ou não queremncompartilhar a guarda do filho com a ex-mulher e buscam denegrir a imagem danmãe do próprio filho.
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nJá disse, não vou julgar, masncomo pode o advogado, não sei se a mando do seu chefe, afirmar que “a senhora PâmelanBório descumpriu decisão judicial que estabeleceu padrões regulares denalternância da permanência da criança com os pais”, quando ele mesmo diz que anação corre em segredo de justiça e ela não pode falar sobre o assunto?
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nSou um socialista, diferente dongovernador aliado do DEM, mas não vou taxar uma mulher como faz o Senhor Fábio,nadvogado de Ricardo Coutinho, ao tratar uma mãe (que questiona seus direitos) comonuma mulher que quer “alçar seus anseios de consumo material dos mais fúteis enextravagantes”.
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nNão tratei do assunto nasneleições pelos motivos já expostos, mas sou filho de uma mulher que ficou viúvanainda aos 18 anos, no começo dos anos 1980, e não vou acompanhar calado o advogadondo governador postar o que quer e ficar por isso mesmo, ele não faria isso sem onaval do seu cliente. Apesar das enormes diferenças políticas, defendi anPresidente Dilma quando atacada pelo simples fato de ser mulher. Não vounacompanhar julgamento antecipado de uma outra mulher a qual tentam taxar comonlouca por querer apurar denúncia apresentada por ela contra o governador, sãoncasos de violência (institucional, física e psicológica) e precisam sernapurados.
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nSei que a Secretaria de Estado danMulher e da Diversidade Humana não vai aceitar em silêncio a postagem do advogadonGovernador, da mesma forma a Deputada Estela não aceitará. Espero que elas solicitemnao Governador um esclarecimento sobre a fala do seu advogado, que Ricardo deixenclaro que o conteúdo da fala do seu advogado não o representa e que ele irándisponibilizar as imagens da Granja Santana do dia das denúncias apresentadasnpela Pâmela Bório.
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nNão vou entrar no mérito se a Pâmela cometeu ounnão algum erro, assim como não entrarei no mérito se Ricardo Coutinho cometeunou não algum erro nesse caso, mas não podemos permitir a linha adotada pelonadvogado do governador, de usar velhas acusações para julgar socialmente asnmulheres, velhos argumentos da sociedade machista que vivemos.
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