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n“Saí do mundonpor cinco dias e soube que o Papa pediu exoneração, só acreditei porque vi onSaci lá na Ceroula” (São Carnaval)
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nComo eu disse antes da despedida,nnenhum Carnaval é igual ao outro! Caso eu fosse falar das diferentes novidadesnque vi, das maravilhosas repetições, ou das pessoas divertidas que convivinesses dias (conhecid@s e nov@s conhecid@s), eu escreveria um ou dois contosnpara cada dia; mas não farei isso, vou dedicar essas breves linhas para falarnsobre um ser que escuto histórias sobre ele há muito tempo, o Saci; isso mesmo,nno Carnaval eu conheci o Saci.
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nFoi na Saída da “Ceroula” quenconheci o Saci, nem venham dizer que era um cara fantasiado, respeitem a vida vividannos últimos cinco dias, não foi conversa de corredor, eu vi; ele estava ao ladonde São Carnaval. O Saci que vi era negro, usava um barrete vermelho, fumava umncachimbo de madeira e tinha apenas uma perna, isso mesmo, uma única perna.
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nSabem o que é a “Ceroula”? Precisamnsaber para entender meu espanto ao ver aquele ser (o Saci) naquela ladeira. An“Ceroula” é um das troças mais tradicionais do Carnaval de Olinda, fundado emn1962 e conhecida pelo poder da sua orquestra e por distribuir litros e litrosnde batida aos foliões. Enquanto a orquestra se organizava para tocar, e onestandarte já começava a desfilar, São Carnaval, o Saci e outras (ainda) dezenasnpessoas ouvíamos uma senhora cantar Coco lá de sua varanda, linda apresentação.nO Coco só parou quando o frevo começou e o Saci repôs sua garrafinha de batida.
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nImaginei que ali encerraria onCarnaval do Saci, afinal de contas como “encarar” o momento em que a “Ceroula”ndobra ao lado da Igreja do Amparo no sentido das barracas do Axé e do Pau donÍndio? Um leve lapso em meu coração carnavalesco… claro que estaria o Sacinenergizado por ter acompanhado cada movimento feito pelo estandarte aoncumprimenta as pessoas que enfeitaram suas casas para aguardar a chegada dan“Ceroula”.
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nEmocionados com o percurso dananimada troça e tristes com chegada da Quarta-feira de Cinzas, muit@s choravamn(São Carnaval, o Saci e alguns outros foliões) ao acompanhar a queda de cadanconfete arremessado. As lágrimas não impediam a diversão e os gritos do Saci:n“ei, você que tem duas… empresta uma perna dessa aí para eu aguentar brincarnaté a Quarta-feira”.
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nDepois curtir muito frevo ao ladonda orquestra da “Ceroula” e em meio ao espremido de milhares de pessoas nasnladeiras estreitas de Olinda, segui para os Quatro Cantos e depois para as barracandos partidos, deste dia em diante nunca mais vi o folião Saci, que com apenasnuma perna sabe muito bem o que é Carnaval.
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nFeliz 2013! Que venha o Carnavalnde 2014, falta pouco mais que 350 dias… mas enquanto isso TEMOS MUITO O QUE FAZER FORA DA MATRIX, usemos nossa criatividade e força transformadora para além do Carnaval.
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