São muitos os Filhotes das Oligarquias que ocupam os cargos públicos e fazem historicamente da nossa Paraíba o mais do mesmo do aparelhamento, desmonte da coisa pública e abandono da população. São Cunhas Limas, Ribeiros, Vitais do Rêgo, Efrains, Motas, Robertos, Paulinos e Maranhãos que se afastam e se juntam por pura conveniência política, todos possuem o mesmo projeto político, perpetuar suas famílias no poder.
Na outra ponta existem os partidos do campo popular que entenderam equivocadamente que só é possível governar andando de mãos dadas com essas oligarquias e estão sofrendo as consequências dessas alianças.
No meio disso existem outros dois setores: a ultradireita que, com fake news e tudo, foi escolhida como possível alternativa de mudança nas eleições de 2018 e que, em 2020, a população já mostrou que percebeu a farsa que esse grupo representa e impôs uma primeira derrota eleitoral naquele ano; e a esquerda PSOL, que dobrou suas bancadas em 2018 e 2020.
Nas eleições de 2022, na Paraíba, apenas a candidatura do PSOL não andará com as oligarquias que foram favoráveis ao golpe de 2016. Nacionalmente o PSOL andará com Lula, que não terá nenhum partido de direita em sua coligação. Além da composição nacional, é perceptível a fala mais a esquerda do Presidente Lula, seja ao atender a demanda do PSOL e tratar da necessidade de revogar as deformas de Temer e Bolsonaro, seja ao não fugir de polêmicas como a necessidade de tratara aborto como uma questão de saúde pública, de defesa da vida das mulheres, e não uma questão de polícia.
Na disputa nacional a polarização é uma realidade, não tem espaço para direita clássica ou para outros partidos do campo popular, o que reflete no debate programático. Lula não precisará “domesticar” as propostas da esquerda, viveremos um pouco do que foram as eleições no Chile, onde ganhou o “PSOL” daquele país. Verdade! Localmente a realidade muda um pouco, tem esquerda com golpista e ultradireita com oligarquia, mas também tem alternativa de esquerda independente e com Lula.
Termino com uma afirmação sobre as eleições para Câmara Federal e Senado da República. No Senado, como o mandato é de 8 anos, a ultradireita não perderá cadeiras, perderá força política no contexto geral, e a esquerda ganhará espaço. Na Câmara Federal a ultradireita vai encolher e a esquerda crescer em especial (proporcionalmente) o PSOL, que vai superar e cláusula de barreira.
Que rufem os tambores!
Tárcio Teixeira
Pré-candidato a Deputado Federal
Fonte da charge: https://conhecimentocientifico.com/republica-oligarquica/