Cartaxo e o Desrespeito ao Estado Laico.

nInegável a importância da nomeação dos/asnconcursados/as na Educação de João Pessoa. Claro que algumas coisas poderiamnter sido evitadas no momento da posse coletiva dos/as aprovados/as, a exemplondas filas; dos/as trabalhadores/as lotadas em escolas localizadas a quilômetrosnde sua casa; da falta de critérios na escolha dos locais de trabalho; o fato denalguns concursados/as, que já possuem vínculo na Prefeitura, serem encaminhadosnpara escolas com horários incompatíveis aos dois vínculos; e professor denmatemática lotado em escola sem as séries finais do ensino fundamental. Contudo,nessas e outras fragilidades são pequenas perto da importância de um concursondesse porte, processo esse que permitirá avançar na contratação de outros/asnconcursados/as, já que ainda é gigantesca a quantidade de prestadores/as de serviço.

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nApesar da importância do concurso, e semnquerer fazer oposicionismo barato entorno das fragilidades do processo, existenum tema polêmico que não pode deixar de ser tocado, o desrespeito ao artigo 5ºnda Constituição Federal em especial o seu inciso VI, a laicidade do Estado.

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nSei que muitos militantes políticos correm denfazer esse debate, mas apropriar-se da religião em um ato

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n público como fez onPrefeito Luciano Cartaxo é um desrespeito ao Estado Laico e a diversidadenReligiosa existente na Paraíba. Inadmissível transformar um ato público denposse de 1300 concursados (imaginem a diversidade religiosa) em demagogianpolítica ou de restrição religiosa, os/as presentes foram obrigados/as a aceitarnum Pastor e um Arcebispo com suas crenças, e formas de oração, de alcancenlimitado diante da diversidade dos presentes. São mais de 50 denominaçõesnreligiosas existentes em nossa Paraíba, entre cristão das mais distintasnorganizações religiosas, muçulmanos, religiões de matrizes africanas, além dosnque não possuem religião e os que estão envolvidos em outras formas denreligiosidade.
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nObviamente que não critico o Pastor e o Arcebisponpela presença no ato, tenho certeza que Rabinos, Mães de Santo e outros/as LíderesnReligiosos/as aceitariam o convite para um momento como esse. Da mesma formannão podemos criticar as pessoas que manifestaram sua fé em um momento tãonimportante em suas vidas, a posse em um concurso público. Contudo, o Prefeito LucianonCartaxo deve desculpas para as pessoas ali presentes que não tiveram sua religiosidadenrepresentada naquele ato de Posse e, com a mesma intensidade, deve repensar seusnatos e respeitar a laicidade do Estado Brasileiro.

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nEnquanto Prefeito, Cartaxo precisa saber quennão empossou cristãos, ateus ou filhos/as de santo, empossou trabalhadores/asnaprovados em um concurso de provas e títulos, todos/as em pé de igualdade,nindependente da enorme diversidade religiosa ali presente. Não respeitar andiversidade religiosa não deixa de ser um ato de intolerância. Não respeitar a laicidade do Estado não deixa denser um desrespeito a lei.
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nA laicidade do Estado é fundamental parangarantir a liberdade religiosa.

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