Admito! Mesmo sabendo das contradições impostas pelo capital, também ao futebol, eu entro no clima e vibro pela Seleção Brasileira. Um momento, ou melhor, um mês de uma euforia cidadã, no seu sentido mais liberal.
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Com uma abertura simples e belíssima, mostrando: uma Copa não da África do Sul, mas de todo continente africano; de todos nos que nos sentimos diariamente subjugados pelo capital; dos que ficaram de fora da copa, tendo suas bandeiras representadas; apresentações tribais e os mais variados tipos de danças e músicas formando o mapa do planeta Terra antes da separação dos continentes; pés que indicavam o surgimento do homem partindo do continente Africano para povoar o mundo.
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Por um mês, veremos não apenas um belo espetáculo do futebol, mas uma África sofrida, de um povo alegre sentindo-se incluído em meio a sua quase que total exclusão. Povo negro que lutou e ainda luta contra o racismo, intrínseco ao sistema capitalista, um exemplo de luta para todos os povos!
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Um mês com as mais diversas raças supostamente igualadas entre as quatro linhas do campo, chutando a tão polêmica Jabulani, celebrando a possibilidade de “um outro mundo possível”, pelo esporte claro… não aquele jogado na rua com bolas improvisadas, mas o de milhões de dólares da rotineira lavagem de dinheiro do capital.
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É… não podemos negar a beleza e a emoção proporcionada por esse clima alegria e de edição de imagens… não podemos negar que precisamos perceber bem mais do que nossos olhos permitem.
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O clima de igualdade é tanto, que assim como em outros continentes, o presidente da África do Sul está atolado em corrupção. É tão igual, que até a Luta de Classes existe na região. Greve de motorista de ônibus e manifestação dos contratados (sabe-se lá sob que forma) para trabalhar na Copa, que em meio aos jogos perceberam ser roubados ao receber suas diárias com valores inferiores ao acordado.
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Vejamos mais que as quatro linhas… Vamos curtir a Copa!
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Isso é que é igualdade! Vai lá Brasil, vamos ser HEXA!