Não imaginam a quantidade de textos que tive vontade de escrever para o blog durante esses primeiros dias da semana, os mais diversos temas instigaram minha imaginação e indignação. Pensei em tratar do momento atual do Conselho Regional de Serviço Social; da forma como os proprietários das “cinquentinhas” estão se sentindo enganados, enquanto os grandes revendedores seguem ilesos; sobre o projeto de voluntariado do/no Ministério Público da Paraíba- MPPB; ou mesmo sobre a entrevista do Procurador Geral de Justiça, quando afirmou, sobre a implementação do ponto eletrônico para os Servidores do MPPB, que foi uma “grita muita grande”, segundo ele os servidores diziam que “[…] esse Procurador inventou que tem hora para entrar e para sair”. Sobre o último ponto, acredito que o Procurador Geral recebeu informações equivocadas, sou servidor e não foi o que vi e ouvi nas conversas com meus colegas, hora de entrar e sair de qualquer servidor é antes de tudo direito da população; o que diziamos era sobre a forma como estava sendo implementado o ponto eletrônico, e dos possíveis equívocos administrativos, o que de fato ocorreu, tanto que nos primeiros dias de abril a instituição, sabiamente, tanto reconheceu que anistiou as faltas, atrasos e saídas antecipadas de todo período anterior. O MPPB está de parabéns pelo processo de modernização institucional.
Apesar de prolongar no parágrafo anterior, não tive como escrever sobre esses assuntos como eu gostaria, e não o fiz por faltar exato um mês para qualificar minha dissertação. Porém, figuras como Delfim Neto, Jair Bolsonaro e Anacleto Reinaldo desviaram o meu caminho!
O primeiro, falando sobre o momento atual do Brasil (não deve ser o mesmo que vivemos), diz que: “há uma ascensão social incrível. A empregada doméstica, infelizmente, não existe mais. Quem teve este animal teve. Quem não teve, nunca mais vai ter”; o Bolsonaro, ao responder sobre sua reação caso seu filho se apaixonasse por uma mulher negra, respondeu que “não corre esse risco, pois seus filhos foram muito bem educados”. Esses são os valores preconceituosos dos representantes políticos da elite brasileira. Como não indignar-se com tamanho ataque aos direitos humanos.
Clama, não esqueci o Anacleto, tanto que faço parte da campanha #ForaAnacletoReinaldodaTV. Enquanto essa semana, todos acompanhamos atentamente a coragem de uma senhora que denunciou um homicídio praticado por policiais militares, e também assistimos as diversas denúncias em todo país sobre tortura e assassinatos praticados por autoridades públicas, aquele suposto apresentador de TV grita ao meio dia que “lugar de bandido é no IML com a cara cheia de bala”, e segue aos berros: “vagabundo sem vergonha, viado safado de favela”.
Em João Pessoa centenas de pessoas foram reprimidas pela Polícia e pelo Judiciário porque pretendiam realizar a “Marcha Mundial da Maconha”. Os donos da lei diziam ser apologia ao crime, pergunto: homicídio não é crime? racismo não é crime? preconceito e desrespeito contra pobre e homossexual não é crime? instigar a violência não é crime?
Pior, nos casos citados é para além da apologia ao crime, como no caso do Anacleto com o homicídio, são crimes mesmo, transmitidos nas televisões dos órgãos de justiça e segurança que deveriam fiscalizar e fazer valer a lei, além de responsabilizar os criminosos.
Caso não exista na Paraíba, é hora de fundar no estado a campanha “Quem Financia a Baixaria é contra a Cidadania!”
Caso as autoridades não tenha visto, segue o link de um dos programas do #ForaAnacletoReinaldodaTV http://www.tvarapuan.com.br/box_videos.php?end_video=http://www.tvarapuan.com.br/videos/cidac/cidac020411.flv&idcat=16
Entrevista com Procurador de Justiça da Paraíba http://www.tvarapuan.com.br/box_videos.php?end_video=http://www.tvarapuan.com.br/videos/conexao/conexao040411.flv&idcat=17