Gerson, Cícero Lucena e a RAPS.

Quais medidas serão tomadas? Muitas declarações já estavam sendo ditas sobre a morte do jovem Gerson Melo no Parque da Bica, então resolvi esperar a posição do Prefeito Cícero Lucena para tratar do assunto. A resposta do prefeito foi a pior e mais descarada possível: “Eu acho que infelizmente foi necessária a morte dele para a sociedade como todo discutir esse problema que estava adormecido ou deixado de lado”.

Prefeito, uma morte nunca é necessária e o tema foi deixado de lado apenas por você. O Grupo de Trabalho pela Saúde Mental (GT), que é composto por várias entidades, como Defensoria Pública do Estado da Paraíba (DPE-PB), organizações da sociedade civil e, inclusive, representantes da gestão municipal, tem debatido esse assunto constantemente. Infelizmente a prefeitura, apesar de compor o GT, nunca, isso mesmo, nunca participou das reuniões.

Além de denúncias do Ministério Público, existe um dossiê elaborado pelo GT, publicado no primeiro semestre de 2025, salvo engano, com diversos documentos com as demandas e solicitações enviadas por meio de ofícios à Prefeitura. De acordo com o dossiê, de agosto de 2023 a junho de 2024 foram emitidos 20 ofícios, a grande maioria não foi respondida e as poucas respostas foram esvaziadas.

Depois quero contar para vocês o vejo em meu trabalho como assistente social nesse debate, por hora, quero deixar minha solidariedade aos que sofrem com a morte de Gerson, aos que sofrem com a precariedade do trabalho nos CAPS, no PASM e em toda saúde mental da nossa capital.

Cícero Lucena, não é hora de generalizar a questão como culpa de toda sociedade, mas de assumir seus atos como gestor e cuidar da Rede de Atenção Psicossocial da nossa capital.

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