O PSOL, através da deputada federal Áurea Carolina, protocolou uma ação nesta semana na Procuradoria Geral da República (PGR) para pedir a abertura de apuração sobre as demissões de funcionários do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), após o órgão federal ter interditado a obra de construção de uma unidade das lojas Havan, do empresário bolsonarista Luciano Hang.
“Tomei conhecimento que uma pessoa conhecida, o Luciano Hang, estava fazendo mais uma obra e apareceu um pedaço de azulejo nas escavações. Chegou o Iphan e interditou a obra. Liguei para o ministro da pasta e [falei]: que trem é esse? Porque não sou inteligente como meus ministros. O que é Iphan? Explicaram para mim, tomei conhecimento, ripei todo mundo do Iphan. Botei outro cara lá”, disse o presidente em um evento na Fiesp na última quarta-feira (15).
Bolsonaro se referia à paralisação de uma obra da Havan na cidade de Rio Grande (RS). A interrupção dos trabalhos ocorreu em dezembro de 2019 após o órgão ter encontrado material de interesse arqueológico no local da construção.
“Diante das circunstâncias objetivamente identificadas acima, as quais denotam a probabilidade da alegação do desvio de finalidade das exonerações mencionadas com os princípios da moralidade, da legalidade, da impessoalidade, da eficiência administrativa e da primazia do interesse público, requer-se ao Ministério Público Federal promova a abertura do procedimento investigativo cabível para apuração dos atos cometidos e delimitação das responsabilidades”, diz trecho da ação apresentada.