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nCompartilhe o endereço do evento no facebook e participe das atividades de luta: https://www.facebook.com/events/1333016213424058/
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nSegue texto da convocatória:
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nNeste 08 de março, a terra treme. As mulheres do mundo nos unimos e organizamos uma medida de força e um grito comum: Greve Internacional de Mulheres. Nós paramos. Fazemos greve, nos organizamos e nos encontramos entre nós. Colocamos em prática o mundo no qual queremos viver.
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nParamos para denunciar:
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nQue o capital explora nossas economias informais, precárias e intermitentes.
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nQue os Estados nacionais e o mercado nos exploram quando nos endividam.
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nQue os Estados criminalizam nossos movimentos migratórios.
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nQue recebemos menos que os homens e que a diferença salarial chega, em média, a 26{893e00c25158f9ee8e50627a81cad15ff9fd494d33694c956dcdfc9590e56264} na América Latina.
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nQue não é reconhecido que as tarefas domésticas e de cuidado são trabalhos não remunerados e adicionam três horas a nossas jornadas laborais.
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nQue estas violências econômicas aumentam nossa vulnerabilidade diante da violência machista, cujo extremo mais brutal são os feminicídios.
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nParamos para reivindicar o direito ao aborto livre e para que não se obrigue nenhuma menina a enfrentar a maternidade.
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nParamos para visibilizar o fato de que, enquanto tarefas de cuidado não sejam uma responsabilidade de toda a sociedade, nos vemos obrigadas a reproduzir a exploração classista e colonial entre mulheres. Para ir ao trabalho, dependemos de outras mulheres. Para migrar, dependemos de outras mulheres.
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nParamos para valorizar o trabalho invisível que fazemos, que constrói redes de apoio e estratégias vitais em contextos difíceis e de crise.
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nParamos porque estão ausentes as vítimas de feminicídio, vozes apagadas violentamente ao ritmo assustador de treze (13) por dia só no Brasil.
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nEstão ausentes lésbicas e travestis assassinadas por crimes de ódio.
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nEstão ausentes as presas políticas, as perseguidas e as assassinadas em nosso território latino-americano para defender a terra e seus recursos.
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nEstão ausentes as mulheres presas devido a delitos menores que criminalizam as formas de sobrevivência, enquanto os crimes corporativos e o tráfico de drogas permanecem impunes porque beneficiam o capital.
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nEstão ausentes as mortas e as presas por abortos inseguros.
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nDiante de lares que se tornam um verdadeiro inferno, nós nos organizamos para nos defendermos e cuidarmos umas das outras.
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nDiante do crime machista e da pedagogia da crueldade, diante da tentativa dos meios de comunicação de nos vitimizar e de nos aterrorizar, fazemos do luto individual um consolo coletivo e da raiva, uma luta compartilhada. Contra a crueldade, mais feminismo.
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nNós usamos a estratégia da greve porque nossas demandas são urgentes. Fazemos da greve de mulheres uma medida ampla e atualizada, capaz de abrigar a empregadas e desempregados, a assalariadas e as que cobram subsídios, a autônomas e estudantes, porque todas somos trabalhadoras. Nós paramos.
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nNós nos organizamos contra o confinamento doméstico, contra a maternidade compulsória e contra a competição entre as mulheres, práticas impulsionadas pelo mercado e pelo modelo de família patriarcal.
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nNós nos organizamos em todas as parte: nas casas, nas ruas, no trabalho, nas escolas, nas feiras, nos bairros. A força do nosso movimento está nos laços que criamos entre nós.
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nNós nos organizamos para mudar tudo isso.
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nNós tecemos um novo internacionalismo. A partir das situações concretas em que estamos, nós interpretamos a conjuntura.
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nVemos que, diante do avanço neo-conservador na região e no mundo, o movimento das mulheres emerge como potência de alternativa.
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nQue a nova “caça às bruxas”, que agora persegue o que nomeia como “ideologia de gênero”, tenta justamente combater e neutralizar nossa força e quebrar nossa vontade.
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nDiante das múltiplas desapropriações, das expropriações e das guerras contemporâneas que têm a terra e os corpos das mulheres como territórios favoritos de conquista, nós nos incorporamos política e espiritualmente.
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nPorque #VivasELivresNosQueremos, nos arriscamos em alianças incomuns.
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nPorque nos apropriamos do tempo e construímos juntas a disponibilidade. Fazemos da nossa reunião um alívio e uma conversa entre aliadas; das assembleias, manifestações; das manifestações, uma festa; e da festa, um futuro em comum.
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nPorque #EstamosJuntas, este 8 de março é o primeiro dia de nossa nova vida.
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nPorque #ODesejoNosMove, 2017 é o momento da nossa revolução.
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n(Texto traduzido e adaptado à realidade brasileira a partir da convocatória feita pelo movimento argentino #NiUnaMenos)
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