10 anos de Parahyba, Cuidar da Vida ou Resistir?

nHánexatos 10 anos, no dia 05 de agosto de 2007, eu chegava em nossa Parahyba, maisnprecisamente na Capital, no bairro de Jaguaribe, na casa de Rebeka, Serginho,nRenan e @s outr@s Malaquias. Eu entrava em casa e eles estavam pront@s, nãontive tempo de pensar, antes de tirar as bolsas das costas já ouvia d@s meusnamig@s: “vamos para Festa das Neves!”.

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nIsso,na Festa das Neves foi minha recepção, é minha data de aniversário de Parahyba. Aquinjá vivi mais de ¼ da minha vida; mais tempo de vida que os poucos anos denCeará, onde nasci e onde vivem pessoas que amo. Aqui já passei metade da minhanvida militante, iniciada lá em 1997.

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nNãonescolhi onde nascer; não escolhi onde crescer em nossa vida retirante, apesarnde ter orgulho dos anos de formação – pessoal, cultural e política – em Pernambuco;nmas escolhi onde viver o restante de minha vida.

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nVerdadenque nesse aniversário, meu e da nossa Capital, não tenho, não temos, muito onque comemorar. Vivemos anos de descrédito, olhamos para um lado e o mar dencorrupção distancia as pessoas da política, ao invés de virar indignação enmobilização; do outro lado vemos desmonte e privatização das políticas públicasne do serviço público; na outra esquina os sinais estão repletos de limpadores,npedintes e artistas, em um visível sinal de ampliação da crise; um pouco mais anfrente, ou no meio disso tudo, percebemos de alguns a expectativa no salve-senquem puder, onde os idiotas[i]npensam ser possível “ser o esperto” e – individualmente – “se safar”.

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nEscutonmuito que sou “um otimista”, talvez por isso as incertezas e a dificuldade denescrever dos últimos meses, afinal de contas, temos sofrido um ataque após onoutro, corte de gastos para educação e saúde, fechamento de universidades,nprivatização de educação, fim da CLT, corrupto na Presidência com o aval d@sncorrut@s do Congresso e, ao olhar mais para frente, vemos mais impostos para onpovo, fim da aposentadoria e uma contrarreforma política que só favorece aosnricos e a manutenção dos partidos envolvidos na corrupção.

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nNego[ii]nser um otimista? Não, não nego. Sabemos que este e os próximos anos serão aindanmais difíceis, mas “a história da humanidade é a história da luta de classes”.nAlguns tentam decretar o fim da história, mas ela não é feita por decreto, masnpelo povo de carne e osso, povo que vive do trabalho, que reage aos que vivemndo trabalho dos outros. O que são anos perto de milênios de história? Nada (ounquase nada), se em outros momentos viramos o jogo, sigamos reagindo,nreinventando, resistindo, revirando!

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nParabénsnaos/as que fazem e refazem nossa Capital, nosso Brasil, nosso lado dantrincheira na Luta de Classes.

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n[ii]nNenhuma relação com a bandeira.

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